segunda-feira, 15 de agosto de 2016

CASO DE SAÚDE PÚBLICA


                               CASO DE SAÚDE PÚBLICA




Existe na nossa população sexualmente ativa, um quadro de infecção venérea generalizada, fruto de décadas de liberdade sexual sem uso de preservativos.
Diferente da gonorréia, que tinha sintomas exuberantes e logo levava o casal á procurar um médico, esta infecção cursa assintomática, por anos no casal.
Com certeza, mesmo em passos de formigas, um dia este caso de saúde pública virá á tona, pois engravidar ficará cada vez mais difícil na nossa população. Não é um problema regional pois vejo o problema em casais da maioria dos estados do Brasil.
Causadas por mycoplasmas, germes diferentes das simples bactérias, são de difícil diagnóstico. Hoje com a ajuda de exame que detecta o DNA dos germes pesquisados no esperma do parceiro masculino, ficou mais fácil. Mas vá encontrar quem faça este exame no Brasil !
Esta infecção que faço alarde, pode levar a quatro complicações para o casal:

- diminuição na qualidade e quantidade dos espermatozoides

- endometrite com abortamento no primeiro trimestre

- gravidez tubária

- destruição dos cílios no interior das trompas, levando á infertilidade, ou obstrução das trompas

A Histerossalpingografia continua sendo um excelente instrumento de avaliação da situação das trompas. Existem nuances no exame, que aos olhos de profissional experiente, trazem dados importantes, como o apagamento ou espessamento do relevo mucoso, ectasias ou dilatações, e a fixação de contraste peri-tubário.
Não basta a trompa estar aberta, com a prova de Cotte positiva, o que significa a trompa permeável. Ela tem que estar aberta e SADIA.

Trompas doentes ou obstruídas não têm a fertilização in vitro (FIV) como única solução. O tratamento da infecção no casal através de medicamentos, e o tratamento das sequelas nas trompas através da hidrotubação tem dado bons resultados há anos, apesar de pouco praticada pelos médicos do nosso país.
Para maiores informações veja o site www.drandrevaz.com


RJ, AGOSTO, 2016                                          Dr andre vaz