Existe na nossa população sexualmente ativa, um quadro de
infecção venérea generalizada, fruto de décadas de liberdade sexual sem uso de
preservativos.
Diferente da gonorréia, que tinha sintomas exuberantes e
logo levava o casal á procurar um médico, esta infecção cursa assintomática,
por anos no casal.
Com certeza, mesmo em passos de formigas, um dia este caso
de saúde pública virá á tona, pois engravidar ficará cada vez mais difícil na
nossa população. Não é um problema regional pois vejo o problema em casais da
maioria dos estados do Brasil.
Causadas por mycoplasmas, germes diferentes das simples
bactérias, são de difícil diagnóstico. Hoje com a ajuda de exame que detecta o
DNA dos germes pesquisados no esperma do parceiro masculino, ficou mais fácil.
Mas vá encontrar quem faça este exame no Brasil !
Esta infecção que faço alarde, pode levar a quatro
complicações para o casal:
- diminuição na qualidade e quantidade dos espermatozoides
- endometrite com abortamento no primeiro trimestre
- gravidez tubária
- destruição dos cílios no interior das trompas, levando á
infertilidade, ou obstrução das trompas
A Histerossalpingografia continua sendo um excelente
instrumento de avaliação da situação das trompas. Existem nuances no exame, que
aos olhos de profissional experiente, trazem dados importantes, como o
apagamento ou espessamento do relevo mucoso, ectasias ou dilatações, e a
fixação de contraste peri-tubário.
Não basta a trompa estar aberta, com a prova de Cotte
positiva, o que significa a trompa permeável. Ela tem que estar aberta e SADIA.
Trompas doentes ou obstruídas não têm a fertilização in
vitro (FIV) como única solução. O tratamento da infecção no casal através de
medicamentos, e o tratamento das sequelas nas trompas através da hidrotubação
tem dado bons resultados há anos, apesar de pouco praticada pelos médicos do
nosso país.
RJ,
AGOSTO, 2016 Dr
andre vaz
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